sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Igreja Quadrangular no Brasil


Em 1946, Hermínio Vasquez e Harold Edwin Willians vieram ao Brasil, oriundos da Bolívia. Entraram por Porto Velho (Rondônia) e foram para Manaus e Belém. Continuaram viagem até Santos, São Paulo e Poços de Caldas (MG).
Em 1951, veio de volta ao estado de São Paulo, em São João da Boa Vista. Iniciou-se aí a primeira igreja no Brasil do Evangelho Quadrangular, com o nome de Igreja Evangélica do Brasil, ramo da Igreja do Evangelho Quadrangular mundial.
Harold Edwin Willians foi o fundador da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil (IEQ). Nasceu em Hollywood (sendo anteriormente ator de filmes de cowboys), Estados Unidos, no dia 27 de novembro de 1913. Fundou a IEQ em 1951.
Em 1953 a denominação passou-se a chamar Cruzada Nacional de Evangelização.
Em 1955 passou a se chamar Igreja do Evangelho Quadrangular.
IEQ Curitiba, em 1955.
Ponta Grossa em 1958.
Florianópolis (SC), Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro, em 1956.
Anápolis (GO) e Manaus (AM), no ano de 1959.

Fonte: http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/historia/quadrang.htm
Estrutura da Igreja

Igreja do Evangelho Quadrangular - Cruzada Nacional de Evangelização
Fundada em São João da Boa Vista - SP a 15 de novembro de 1.951, pelo missionário da Foursquare Church Gospel Pastor Harold Edwin Willians, auxiliado pelo Pastor Jesus Hermirio Vasquez Ramos. O primeiro natural de Los Angeles-EUA e o segundo natural do Peru.
A obra começou numa casa na cidade de Poços de Caldas ,junto com uma escola de inglês indo depois para São João da Boa Vista onde foi construído pelos fundadores um pequeno templo.
Em 1.952 vieram para a capital de São Paulo realizar campanhas evangelísticas a convite de um pastor da igreja Presbiteriana do Cambuci e pouco tempo depois foram para uma tenda de lona no mesmo bairro vindo a seguir para o bairro da Água Branca, dali saindo para o salão da rua Brigadeiro Galvão, 713. A tenda passou então a viajar pelo estado de São Paulo como a tenda número um, nos salões da rua Brigadeiro Galvão as senhoras da igreja começaram a ajudar um irmão que havia trabalhado muito tempo com um circo e que as ensinou a costurar tendas. As tendas compradas ou fabricadas na própria igreja saíram peregrinando e em cada novo local, Casa Verde, Americana, Limeira, Vitória, Curitiba e vários outros, numa onda contagiante, o movimento crescia e cada tenda dava origem a um novo núcleo que se constituia em uma nova igreja. Na década de sessenta já sob a liderança do Pastor George Russell Faulkner estabeleceu-se a meta de levar a mensagem à cada capital de estado sendo depois espalhada nos outros municípios. As tendas passavam e deixavam uma nova comunidade formada. O final da década de setenta e a de oitenta foram marcadas além do evangelismo dinâmico pela construção de grandes e belos Templos.
Em 1.997 já contávamos com 5.530 Igrejas e Obras Novas (que estão funcionando em 2.026 Templos , 1.778 Salões, 1.726 Tabernáculos de madeira).

Ministério
Membros totais: 15.023 (5.951 mulheres)
Ministros Aspirantes: 1.488
Obreiros Credenciados
Diáconos - 38.000
Membros - Aproximadamente 1.220.000.
Presidente - Rev. Mário de Oliveira - Eleito em 30/03/96

A Quadrangular Hoje

A Igreja Quadrangular Internacional está hoje em 91 Países.
Desde 1.944 o sol brilha ininterruptamente sobre a bandeira Quadrangular pois ela está em todos os continentes.
A Igreja brasileira tem nove missionários em sete desses países.
40 Institutos Teológicos Médios e 100 Institutos básicos (com 4.500 alunos e 1.200 Professores).
Uma escola por correspondência e um curso intensivo para pastores CATEP.
Uma Editora e Publicadora Quadrangular George Russell Faulkner (situada em São Paulo- SP).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

AIMEE SEMPLE MACPHERSON


(9 de outubro de 1890 - 27 de set de 1944)

Havia muita coisa que uma mulher não podia fazer na primeira metade do século XX, mas boa parte delas Aimee Semple McPherson fez. Não é a toa que ela foi citada pela revista Time, junto com Billy Graham, como uma das 100 pessoas mais importantes do mundo durante o século XX.

Quando mulheres não podiam subir em púlpitos para pregar a palavra de Deus, ela liderou reuniões para milhares de pessoas em diversos continentes. Sua fama se espalhou por todo o mundo. Centenas de milhares foram salvos, curados e tocados pelo Espírito Santo de Deus.

Ela realizou milhares de campanhas, construiu o “Angelus Temple”, promoveu a abertura de mais de 400 igrejas no país, diplomou 3000 alunos pelo “Life Bible College”, inaugurou a primeira rádio evangélica e foi a primeira mulher a pregar a palavra de Deus em uma rádio nos Estados Unidos.

Com todo esse currículo, porém, em uma lição de humildade, que faz com que qualquer um de nós sinta que não fez nada por Deus, ela termina sua vida dizendo: "...sinto que fiz muito pouco, embora tenha pregado ao redor do mundo e visto milhares de pessoas serem salvas. Sinto não ter feito virtualmente nada. Se fosse homem, poderia ter feito muito mais. Mas sou apenas uma mulher que se entregou a Deus para ser usada por Ele. Toda glória por qualquer coisa realizada pertence completa e unicamente ao Senhor, a quem amo e rendi toda a minha alma..."


A HISTÓRIA DE SUA VIDA
Aimee Semple McPherson, desde a sua adolescência, sentia o forte chamado de Deus que a impulsionava em busca da verdade.

Em sua caminhada, assim como Jesus, ela foi caluniada, enganada e perseguida; chegou quase à morte, mas Deus a resgatou, porque aquela enfermidade era para a glória de Deus.

Ela venceu a morte, venceu suas necessidades humanas, os seus esforços contribuíram para que Deus agisse de forma maravilhosa em seu ministério.

O seu amor pelas almas era maior que as dificuldades que encontrava pelo caminho, sua vida foi dedicada, quase que por completo, ao ministério. Sua prioridade era levar a salvação, a cura e a restauração, através do poder do nome de Jesus Cristo.




O SEU NASCIMENTO


Em Salford, próximo a Ingersoll, em Ontário, Canadá, viviam o Sr. James Morgan Kennedy e sua esposa, a Sra. Elizabeth Kennedy. A senhora Elizabeth ficou muito doente e James publicou um anúncio para contratar alguém para cuidar dela. A Srta. Mildred Ona Pearce, ou simplesmente "Minnie", que tinha 14 anos de idade, aceitou o emprego. Ela era órfã e filha adotiva de um casal metodista que atuava no "Exército da Salvação", um movimento evangelista da Igreja Metodista.

Algum tempo depois, a Sra. Elizabeth Kennedy veio a falecer e o Sr. Kennedy, já com 50 anos de idade, tomou à jovem Minnie em casamento. Isso gerou muita confusão no lugar onde moravam, e se sentiram forçados a mudar para Michigan, nos Estados Unidos da América, amenizando o escândalo.
Em nove de outubro de 1890, de volta ao Canadá e agora morando em uma fazenda perto de Ingersoll, nasce a filha única do casal James e Minnie, a qual recebeu o nome da falecida esposa de James, Elizabeth Kennedy. Com o passar dos anos, a menina, muito desenvolta, adotou para si mesma o nome de Aimee Elizabeth Kennedy para diferenciar-se da falecida Elizabeth Kennedy.

Aimee passou sua infância e mocidade em Ingersoll, formando-se no colégio com honras especiais.Entre 14 e 16 anos, Aimee tornou-se muito ativa.

Ela tinha um profundo desejo de ser atriz e interessou-se cada vez mais pelos programas sociais e recreativos da Igreja Metodista que ela freqüentava, usando seus talentos criativos nas apresentações teatrais da igreja. Cinema, patinação no gelo, romances e bailes foram as diversões que a traíram até o ponto de seu coração ficar cada vez mais frio e longe de Deus.


Com a idade de dezessete anos, conheceu a Teoria da Evolução, de Darwin, o que muito a fascinou. Sendo muito perspicaz, poucos religiosos conseguiam debater com ela e vencer. Mesmo sendo criada num lar cristão, Aimee começou a duvidar da veracidade de suas crenças religiosas e até da existência de Deus.

Nessa condição de indiferença ateísta, Aimee sentia-se infeliz. Entre as dúvidas e a tristeza por ter discutido com a sua mãe, tendo-a magoado com sua descrença, a luta em seu coração era muito grande.

A CONVERSÃO DE AIMEE
Uma noite ela foi para seu quarto, determinada a achar uma solução para suas dúvidas. Sem acender a lamparina, ajoelhou-se em frente à janela aberta onde contemplava a paisagem branca, toda coberta de neve.

Levantando seus olhos aos céus, vendo a lua e as estrelas, pensou: "Certamente deve existir um grande Criador que fez tudo isto". De repente, ergueu os seus braços para o céu e clamou: "Ó Deus… se há um Deus... revele-se a mim!”

“Suponho que o Pai Celestial responda a essa oração para cada ente humano que envie sua petição desesperada em direção aos céus. Pelo menos, Ele respondeu à minha antes da meia-noite seguinte", disse Aimee.

Depois das aulas daquele dia, enquanto esperava o horário para o ensaio da peça de Natal no salão da prefeitura, Aimee saiu andando pela rua de neve com seu pai e notou um aviso no salão de Missões que dizia: "Reunião de Avivamento, Robert Semple, evangelista irlandês. Todos são bem vindos".

O pai de Aimee sugeriu que entrassem e ela aceitou sem discutir, pois notícias desse reavivamento haviam chegado ao seu conhecimento e a curiosidade a impulsionava a estar ali. Tudo era interessante, os cânticos eram bastante animados, todos cantavam levantavam as mãos e Aimee se divertia com isso.

A seriedade tomou conta do semblante de Aimee ao ver o evangelista entrar com a Bíblia debaixo do braço. Moço alto, tinha um topete de cabelo crespo castanho que teimava em cair sobre os olhos azuis irlandeses. Era possível rir com ele, pois sua mensagem borbulhava com um humor claro e sadio, mas não se podia rir dele: "Nem pensar!", comenta Aimee.

"Leiamos Atos 2:38-39", Robert disse e leu…” Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo“.

E começou. Arrepios correram pelas costas de Aimee, pois ela jamais ouvira um sermão destes. Usando a Bíblia como espada, ele dividiu o mundo em dois. De um lado, colocou os cristãos, do outro, os pecadores. Segundo o seu evangelho, todos estavam destinados ao céu ou ao inferno.

Ao ouvi-lo pregar, a pessoa entendia haver diferença visível entre o pecador e o membro da igreja. O pregador passou a falar do Espírito Santo e, de repente, a falar numa língua desconhecida. Aimee diz que, para ela, este pronunciamento, inspirado pelo Espírito Santo, era como a voz de Deus trovejando em sua alma palavras terríveis de juízo e condenação.

Apesar da mensagem falada em línguas, ela entendia perfeitamente Deus dizer “que ela era uma pecadora, perdida no caminho do inferno…". Aquela noite mudou a vida de Aimee.

Jamais alguém disse tamanha verdade a ela. Era como se mãos invisíveis houvessem se estendido sobre ela e começassem a sacudir sua alma. Uma convicção genuína a envolveu e ela sabia que havia um Deus e ela atuava como uma pecadora. Ainda assim, Aimee tentou fugir procurando pôr três dias, se distrair das palavras do evangelista ouvindo músicas de jazz.

Mas numa tarde de dezembro de 1907, três dias após aquela pregação, voltando para casa de trenó, Aimee não conseguiu mais suportar. Era como se os céus de bronze fossem cair sobre ela e que em poucos momentos seria demasiado tarde.

"Deus, tenha misericórdia de mim, sou uma pecadora!", tudo mudou em sua volta e uma grande paz invadiu a sua vida.

Diz Aimee: “Foi como se o sangue do calvário, ainda quente, se derramasse sobre todo o meu ser. Grandes lágrimas escorriam sobre minhas mãos enluvadas enquanto segurava as rédeas. Quando entrei em casa, senti Aquele que é invisível bem próximo de mim. Meus pais estavam no estábulo e me alegrei pôr estar só. A casa inteira parecia inundada de uma glória cor de ouro. Levantando a tampa do fogão de metal, na sala de estar, queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus romances. Meu pai quis saber o que estava acontecendo e expliquei: Converti-me e não tenho mais necessidade dessas coisas!"

BUSCA DO ESPÍRITO SANTO

Depois de sua conversão, Aimee passou duas semanas numa alegria impossível de descrever. Deste dia em diante, Aimee passou a buscar a presença de Deus. Não perdia tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimee que, quando orava, falava com Cristo, e, quando lia a Sua Palavra, Ele falava com ela.

Um dia, em oração, esta serenidade foi abalada ao analisar: “O Senhor me dá tudo e eu só recebo. O egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que posso fazer em troca?” Aimee abriu a Bíblia e leu “... o que ganha almas é sábio e ... resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente."

Era como se uma voz poderosa falasse em tom de clarim: "Agora que você foi salva, vá e ajude a salvar os outros."

Começou a procurar almas. Desde aquele momento ela começou incessantemente a buscar o Espírito Santo, perdendo muitos dias no colégio para assistir reuniões na casa de uma senhora, já batizada com Espírito Santo, que pertencia à Missão Pentecostal onde Aimee ouvia o Evangelho.

Quando a mãe de Aimee recebeu uma carta do diretor do colégio comunicando o fato dela estar perdendo muitas aulas, proibiu-a de freqüentar os cultos, chamando o povo da missão de fanáticos.

Na segunda-feira seguinte resolveu não ir ao colégio, mas passar o dia em oração na casa da irmã da missão. Elas oraram juntas, pedindo ajuda a Deus para que Aimee ficasse na cidade até receber o batismo. O Senhor ouviu a oração e a neve começou a cair numa tempestade forte.

Ela orou o dia todo e quando foi pegar o trem para voltar à sua casa, descobriu que todos os trens estavam parados, as linhas telefônicas interrompidas e as estradas intransitáveis. Essas condições prevaleceram uma semana e Aimee ficou na casa da irmã, passando a maior parte do tempo ajoelhada e orando horas a fio, comendo e dormindo pouco, levantando na madrugada, e, embrulhada em cobertores, continuava em oração.

Na sexta-feira ela ficou na presença do Senhor até a meia noite. Levantando bem cedo no sábado, antes que qualquer pessoa da casa estivesse acordada, foi à sala, ajoelhou-se, levantou as mãos e começou a orar pedindo ao Espírito Santo, para melhor servir ao Senhor, contando o seu amor para os outros. Num momento, uma alegria maravilhosa encheu o seu coração e Aimee com os olhos fechados, viu o mundo como um vasto campo de trigo, já branco para a ceifa.

Ainda em oração, o trigo começou a se transformar em rostos humanos; a folhagem, em mãos levantadas; e sobre tudo apareceram as palavras do Senhor: “Os campos já estão brancos para a ceifa. A ceara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai ao Senhor da ceara que mande ceifeiros para a sua ceara.” Naquela hora, o Senhor colocou na sua mão uma foice de dois gumes (A Palavra Deus) e no seu coração soaram estas palavras:

“Vais recolher o trigo, mas lembre sempre que a foice te é dada para cortar o trigo. Muitos ceifeiros usam-na corretamente apenas poucas horas, e depois começam a cortar e marcar os seus colegas. Aplica-te a tarefa que está perante ti, corte somente o trigo e recolhe os molhos preciosos.“

Esta foi uma lição que a irmã Aimee nunca esqueceu. Apesar das críticas, perseguições e mesmo calúnias terríveis, não procurava se defender, criticando ou ferindo os outros.

Naquele mesmo sábado inesquecível, Aimee Elizabeth Kennedy recebeu o batismo no Espírito Santo, louvando e glorificando ao Senhor numa língua que ela nunca aprendeu, “Segundo o Espírito lhe concedia que falasse.”

Era quase meio dia quando se levantou com o rosto radiante, após ter ficado muito tempo na presença do Senhor em oração. Fora, a tempestade havia cessado, os irmãos da casa entraram na sala e regozijaram-se com Aimee.

Ela escreveu mais tarde: “Dentro do meu coração ficaram duas convicções: a primeira, que o Consolador tinha entrado para ficar e eu deveria viver em consagrada obediência à Sua vontade; a segunda, que eu tinha recebido uma chamada para pregar o evangelho eterno.”

CASAMENTO, VIAGEM PARA CHINA E VIUVEZ.

Certa noite, enquanto Aimee estava na casa de um vizinho com duas crianças que tinham apanhado febre tifóide, a porta se abriu e Robert Semple, o evangelista, surgiu diante dela.

Um impulso de alegria a envolveu. Robert disse-lhe que havia chegado de Stratford e, sabendo que as crianças adoeceram, viera fazer-lhes companhia. Naquela noite, as crianças tiveram os dois como enfermeiros. Aimee e Robert conversaram por algum tempo a respeito das cartas que trocavam entre si, sobre o batismo do Espírito Santo que ela havia recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de almas.

Enquanto ele falava, Aimee percebia os grandes olhos azuis de Robert fixos nela. Ele falava de sua estada em Stratford, de suas realizações como homem de Deus, de suas reuniões, salões cheios e milhares de homens e mulheres aceitando a Cristo.

Aimee não escondia o seu contentamento e não negava o seu desejo de ser uma missionária.

Ao olhar os livros espalhados sobre a mesa, Robert deparou com o livro de geografia e, folheando as páginas, abriu no mapa do Oriente. "A China será o meu desafio, o meu destino". "Que maravilha", suspirou Aimee. Gostaria de dedicar a minha vida a uma causa como esta.

Foi então que Robert disse: “Aimee sei que tem apenas 17 anos, mas eu a amo de todo coração. Logo vai fazer 18. Quer casar-se comigo e ir em minha companhia para a China?"

Aimee ficou olhando estarrecida para ele. O rosto honesto, não conseguia falar, mas um desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu coração.

Ela sabia que o amava profundamente. Amava seu ministério, seu Cristo, seu ensino, sua mensagem. Não foi preciso respondê-lo imediatamente. Oraram juntos. Enquanto oravam, Aimee, numa visão, viu uma estrada longa e brilhante se estendendo em direção á Cidade Celestial, Robert e ela estavam subindo pôr um caminho ladeado de anjos que levava ao trono de Deus. Aimee o aceitou.

Robert falou com os pais de Aimee, pedindo consentimento, e de maneira simples e franca tiveram sua bênção.

No dia 22 de agosto de 1908 se casaram. E, segundo Aimee, ele foi o seu Seminário Teológico, seu mentor espiritual, seu marido terno, paciente e dedicado.

Juntos entraram no campo evangelista, seguindo um programa de trabalho intensivo. Foi nessa fase do seu ministério que Aimee recebeu o dom de interpretação de línguas. Um dia, enquanto estava orando em seu quarto, começou a falar em línguas pelo Espírito Santo.

Logo ela ficou consciente pelo fato de poder entender o significado das palavras dadas pelo Espírito Santo. Durante o culto daquela mesma noite, Reverendo Durham deu uma mensagem em línguas e Aimee recebeu a interpretação, mas, por causa da timidez, não deu a interpretação. Porém, na reunião seguinte, quando uma mensagem de línguas foi dada, com medo de apagar o Espírito, Aimee foi obediente, deixando que o Espírito Santo desse a interpretação através dela.

Algum tempo depois, assistindo a uma série de conferências, Aimee caiu numa escadaria e fraturou o osso de um dos pés, ficando com quatro dos ligamentos completamente soltos, a ponto dos dedos serem puxados para baixo apontando a direção do calcanhar. Depois de colocar o gesso, o médico deu pouca esperança de recuperação dos ligamentos e da flexibilidade do pé e do tornozelo.

Com os dedos do pé inchados, pretos e com muita dor, Aimee foi assistir ao culto à tarde, dirigido pelo Reverendo Durham. Não suportando mais a dor, deixou o culto, resolvendo descansar no seu quarto, que ficava a um quarteirão de distância do salão dos cultos.

Chegando ao quarto ela ouviu uma voz dizendo: “Se tu embrulhares o sapato do pé fraturado, e voltares ao culto, e pedires ao Reverendo Durham para orar por ti, levando consigo o sapato para calçá-lo na volta, eu curá-la-ei.” A principio ela estranhou a idéia, mas a voz no seu coração insistiu tanto que finalmente, com a ajuda de muletas, voltou ao culto levando o sapato. Chegou tremendo e atormentada porque, no caminho, a muleta entrou num buraco na calçada, causando aos dedos, já sensíveis, uma dor terrível por haverem tocado o chão.

Contando aos irmãos reunidos o que Deus tinha falado e após uns momentos de oração silenciosa, o Reverendo Durham colocou suas mãos no tornozelo dela e disse: “No nome de Jesus receba a cura.” Instantaneamente, ela sentiu que fora curada; o gesso foi tirado e num salto ela colocou-se em pé e começou a andar, louvando ao Senhor.

O testemunho de Aimee foi este: “Desde aquela vez o poder de cura divina se manifestou na minha vida e na daqueles que eu tive privilégio de oferecer a oração da fé.

Pouco tempo depois disso, o casal Semple seguiu em viagem para a China, passando antes pela Irlanda para conhecer a família de Robert. Na viagem, enfrentaram uma forte tempestade e, em meio a enjôos, medos e temores, Aimee conta ao marido que está grávida.

Depois da Irlanda, seguiram para a Inglaterra para encontrar Cecil Polhill, um milionário cristão que os ajudaria a chegar a China. Ali, Aimee fez a sua primeira pregação, numa convenção onde estavam reunidas cerca de 15 mil pessoas.

Na China, Aimee foi acometida de uma malária tropical, ficando um mês, dia e noite, no leito. A sua única preocupação era a criança. Robert logo caiu doente, tentou relutar, mas a cada dia foi piorando e a malária levou sua vida sepultando-o em Hong Kong. Aimee disse ao ver o marido falecer: "O Senhor deu e o tomou. Bendito seja o nome do Senhor".

Aimee teve uma menina a quem chamou de Roberta Star Semple. Menos de um mês depois da morte de Robert, Aimee voltou aos EUA para morar em Nova York


AS DIFICULDADES PESSOAIS E MINISTERIAIS

Com a morte de Robert Semple, Aimee passou pôr dificuldades financeiras e também necessitou dedicar mais tempo a sua filha, pois ela estava com a saúde muito fragilizada e os problemas pessoais a cada dia dificultavam mais sua vida ministerial.

Em meio a tantas dificuldades pessoais e ministeriais, Aimee conheceu e se apaixonou por Harold McPherson, um contador de Nova York, com quem reconstruiu um lar seguro para ela e sua filha.

Durante algum tempo o marido de Aimee passou pôr dificuldades financeiras; ela começou a arrecadar ofertas para o exercito de Salvação, com isso conseguia ajudar nas despesas da casa. Neste período engravidou; quando seu filho Rolf McPherson nasceu teve que parar de trabalhar.

Aimee começou a dedicar-se aos filhos e à rotina do lar, porém, não estava feliz, porque, na intensa chamada de Deus e o dever com a sua família, Aimee caiu num estado de depressão pós-parto, adoecendo gravemente e sendo levada a um hospital.

Aimee pedia a cura a Deus, mas a cada pedido ouvia o Senhor dizendo: "Tu irás? Pregarás a palavra?". Mas somente depois de um ataque repentino de apendicite, que a levou a cinco operações em um mesmo dia chegando ao ponto de pedir a morte, durante a madrugada ouviu a voz do Senhor: "Agora tu irás?"; quase sem forças respondeu-lhe; "Sim, Senhor, eu irei".

Em 15 dias ela estava totalmente recuperada. Sentindo-se fraca para entrar em discussão com seu marido e sogra, quanto ao seu chamado divino, Aimee resolveu partir com seus filhos para o Canadá, buscando o apoio de seus pais, que se ofereceram para cuidar de seus filhos.

Telegrafou então para seu marido, pedindo que fosse ao seu encontro. Aimee participou de um encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro com Deus, assim iniciando o seu ministério no Canadá; apesar de na época ser raro encontrar uma pregadora mulher, foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus operava através de sua vida.

O INÍCIO DO SEU MINISTÉRIO

Na primeira noite, a irmã McPherson, como era conhecida, ficou desapontada ao encontrar um número reduzido de pessoas assistindo ao culto. Na segunda noite pregou àquelas mesmas pessoas, que durante ou por quase dois anos haviam freqüentado os trabalhos. Na terceira noite, antes do culto, ela pegou uma cadeira e dirigiu-se à esquina principal da pequena cidade, a apenas um quarteirão do salão de culto. Subiu na cadeira e, com os braços erguidos, começou a orar em silêncio. Logo após, ouviu vozes ao seu redor comentando o fato. Ela parou de orar e abrindo os olhos viu um grupo grande de pessoas. Pegando a cadeira, saiu correndo e gritando "depressa, venham comigo". Todos correram atrás dela, e, chegando ao salão, ela disse ao porteiro: "Quando todos estiverem dentro, feche a porta e não deixe ninguém sair". Realmente ninguém procurou sair da pregação que durou quarenta minutos.

Na noite seguinte, o salão ficou lotado e muitos não puderam entrar. O problema só ficou resolvido com a remoção do culto para a grande área gramada que ficava atrás do salão. O número de pessoas que assistia às reuniões cresceu tanto que ultrapassou a quinhentos e, como resultado muitas almas se entregaram a Jesus.

Harold McPherson mandou-lhe um telegrama para que voltasse para sua casa, mas Aimee recusou-se a voltar. Ele veio então ao seu encontro e ouvindo uma de suas pregações reconheceu o chamado de Deus na vida de Aimee, estimulando-a a continuar.

No fim da primeira semana de trabalho ela recebeu uma oferta do povo e, com o dinheiro, foi à cidade vizinha e comprou uma tenda de lona já usada. O vendedor (homem desonesto) "abaixou" o preço com a condição que não seria necessário tirar a tenda da sacola antes de vendê-la. Quando ela voltou a Mount Forest e abriu a "catedral de lona", descobriu que estava mofada e rasgada. Foi necessário remendar e limpar a tenda, que com muito esforço finalmente ficou pronta.

No primeiro culto realizado na tenda, quando Aimee ia começar a pregar, a lona começou a rasgar-se e vinha caindo sobre o povo ali presente, devido ao forte vento; irmã McPherson levantou os braços e orou: "Em nome do Senhor Jesus, ordeno que não caia até depois do culto".

Naquele instante a lona ficou presa num prego e não caiu. No dia seguinte, um grupo de senhoras da congregação ajudou a remendar a tenda. Depois de trabalhar o dia todo, irmã McPherson sentiu-se tão cansada que resolveu cancelar o culto daquela noite. Deixando um aviso na tenda, foi para casa descansar.

Antes de deitar-se, tomou a Bíblia e ajoelhou-se para orar e meditar nas Escrituras. A Bíblia caiu da cama e quando ela foi pegá-la no chão, percebeu que estava aberta neste versículo: "Qualquer que procurar salvar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará." (Mateus 16:25).

Ela entendeu que Deus tinha falado mais uma vez ao seu coração. Levantou-se e imediatamente se preparou para pregar na tenda. Ainda sentia grande cansaço quando subiu ao púlpito, mas, na hora em que se levantou para cantar o primeiro hino, todo o cansaço a tinha deixado.

Depois de muitos anos no ministério ela escreveu este maravilhoso testemunho: "Tem sido assim desde aquela vez. Não importa o que seja, o labor ou os apuros do dia a dia, nem importa a fadiga física e mental que eles produzem em mim, estou sempre refeita no instante em que fico em pé no púlpito." O resultado glorioso de sua obediência veio naquela noite, quando dezoito fazendeiros se converteram a Cristo.

As campanhas em tendas de lona nas cidades de orla marítima do Atlântico continuaram até 19l8, com o povo em número sempre crescente, reunindo-se para ouvir esta extraordinária evangelista.

Em junho de 1917 foi lançada a primeira edição da sua revista, "Bridal Call", contendo testemunhos e notícias das campanhas, sermões, poesias e outros artigos. Em de três meses, a revista foi aumentada de uma edição simples de quatro páginas somente, para uma revista mensal de dezesseis páginas.

Atualmente a revista é publicada sob o nome "The Foursquare World Advance", contendo notícias da Igreja Quadrangular no mundo inteiro, com uma tiragem mensal de mais de 50.000 exemplares.

As campanhas evangelistas desses primeiros anos foram marcadas com grandes experiências de fé e maravilhosas vitórias. Foi nesse período que Deus começou a usar irmã McPherson no ministério da cura divina. Uma noite ela pregou sobre o tema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente", mostrando que Ele vive hoje para curar e batizar com o Espírito Santo.

A fé foi despertada e ela viu uma figura patética vindo voluntariamente à frente: uma moça auxiliada por duas pessoas, estava curvada, com o queixo puxado para baixo tocando no peito, pernas e mãos deformadas pela artrite reumatóide, chegava apoiando-se em muletas.

A moça foi carregada até o púlpito e assentada numa cadeira. Em poucos minutos, ela aceitou Jesus e, em seguida, foi batizada com o Espírito Santo. Depois de orar pela sua cura, irmã McPherson disse-lhe que levantasse as mãos e louvasse ao Senhor.

Assim ela o fez, e louvando ao Senhor começou a levantar os braços e as mãos deformadas começaram endireitar-se. Com os braços libertos e erguidos, ainda louvando ao Senhor, o queixo e o pescoço, há tanto tempo endurecidos, foram-se tornando livres ao ponto dela poder olhar para o céu.

Com isso ela se levantou e, apoiando-se com as mãos, começou a andar através da força que suas pernas receberam para sustentá-la. Saiu andando e glorificando ao Senhor.

Numa campanha em Durant, Flórida, novamente Deus provou o Seu poder na vida de Aimee Semple McPherson. As reuniões foram realizadas num tabernáculo de madeira em local onde não havia eletricidade.

A luz de lampiões a querosene e gasolina era muito fraca para o tamanho do tabernáculo, então, colocaram um aparelho de luz a gás para iluminar o lugar.

Uma noite, antes do culto, enquanto irmã McPherson estava fazendo uns ajustes no aparelho, houve uma pequena explosão no mesmo e as chamas atingiram seu rosto. A dor foi tão aguda que ela, sem pensar nas conseqüências, saiu correndo e colocou o rosto numa bacia com água fria.

Ao tirá-lo da água, a dor, já intensa, aumentou e bolhas brancas começaram a se formar. Irmã McPherson ficou andando de um lado para outro sob as árvores, esperando em Deus sempre, enquanto alguém consertava o aparelho danificado. O povo continuava a chegar, mas a hora de iniciar o culto já estava atrasada, devido ao imprevisto que acontecera com o aparelho.

Um senhor, que estava combatendo as reuniões e a pregação de cura divina, aproveitando a oportunidade, levantou-se para avisar ao povo que não haveria reunião porque a pregadora da cura divina tinha queimado o rosto.

Quando a irmã McPherson soube disso, orando e pedindo força, subiu ao púlpito e, em nome de Jesus, anunciou um hino com os lábios tão endurecidos por causa da queimadura que quase não pode pronunciar as palavras. Terminando a primeira estrofe, ela levantou sua mão e disse pela fé: "Louvado seja o Senhor que me cura e me tira toda a dor."

O povo começou a louvar a Deus e, instantaneamente, o sofrimento intenso foi aliviado e, perante os olhos de todos, o vermelhão do rosto começou a diminuir e as bolhas desapareceram. No final do culto, a sua pele estava completamente normal e Deus foi glorificado.

Na cidade de Filadélfia, em 1917, a campanha realizada numa tenda grande, trouxe pessoas de muitas cidades vizinhas que acamparam em tendas pequenas ao redor de cultos. Na primeira noite, o poder do Espírito Santo caiu sobre o povo que clamava a Deus pedindo um avivamento. Na segunda noite, o inimigo começou a atacar a obra. O terreno alugado para levantar a tenda, antes era utilizado como campo de futebol por um colégio vizinho e os jovens, ressentidos por terem perdido o campo, começaram a perturbar o culto.

Centenas deles cercaram a tenda e, cada vez que havia uma manifestação do Espírito, eles zombavam e davam gargalhadas. O barulho tornou-se tão forte que dentro da tenda era impossível ouvir a voz dos solistas e dos dirigentes que falavam ao povo.

Mais tarde foi descoberto que os jovens esconderam latas de querosene e gasolina para incendiar tudo que havia no terreno. Enquanto o povo cantava hinos, irmã McPherson orava pedindo a orientação do Senhor.

A resposta veio pelo Espírito Santo de Deus, dizendo-lhe: "Começa a louvar, porque a alegria do Senhor é a tua força."

Ela começou em voz baixa, com os olhos fechados; mas aos poucos, a sua voz tornou-se mais forte, então clamou: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao Seu Santo nome." O povo sentindo o Espírito, também levantou a voz louvando ao Senhor. Irmã McPherson relata o que aconteceu depois:

"Enquanto eu louvava ao Senhor, vi muitos demônios com asas estendidas, semelhantes às de morcego, entrelaçadas uma a uma, lado a lado, ao redor do tabernáculo. Mas cada vez que eu dizia: Louvado seja o Senhor, eu percebia que as forças diabólicas davam um passo para trás, até que, finalmente, desapareceram entre as árvores."

Ela continuou clamando: "Glória a Jesus! Aleluia! Louvado seja o Senhor." De repente viu que, no lugar onde as forças diabólicas haviam desaparecido, um grande bloco de anjos, vestidos de branco, estava avançando, também com asas estendidas e entrelaçadas, e cada vez que se expressava: "Louvado seja o Senhor", eles davam mais um passo à frente. Sem parar, avançavam ao ponto de cercar completamente a orla exterior da tenda de lona.

Quando irmã McPherson abriu os olhos, os jovens que perturbavam o culto ainda estavam presentes, mas todos quietos, com os olhos atentos e olhando para ela. Houve uma atenção perfeita durante a pregação, muitos aceitaram Jesus como Salvador e nos outros cultos eles voltaram trazendo os doentes e aflitos para que recebessem a oração da fé.

Sua primeira viagem transcontinental foi em 1918, quando atravessou o continente em seu carro com as frases escritas: “Carro do Evangelho” e "Jesus voltará, prepare-se!”.

Viajava acompanhada pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretária; irmã McPherson corajosamente pegou a direção do carro e enfrentou chuva, neve, tempestades terríveis, lama e montanhas na sua viagem de 6.400 km, pregando e distribuindo milhares de folhetos, ela se dirigiu a cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, ponto intermediário no seu itinerário para a Califórnia. Antes de lá chegar, recebeu um telegrama avisando-a que todas as igrejas de Tulsa estavam fechadas por causa de muitas mortes, resultantes da epidemia de gripe. Em oração, o Senhor falou com ela dizendo: "Não temas. Continues a viagem, e quando chegares ali, as igrejas estarão abertas".

Quando chegou em Tulsa, num domingo pela manhã, ouviu os sinos de muitas igrejas. Perguntando a razão de tudo isso, irmã McPherson descobriu que a cidade de Tulsa estava regozijando-se pela reabertura de suas igrejas naquele mesmo dia.

Entre 1918 e 1923, irmã McPherson atravessou os Estados Unidos oito vezes, realizando trinta e oito campanhas evangélicas nos maiores auditórios do país. Esses auditórios tinham capacidades entre 3.000 a 16.000 pessoas sentadas, e muitas chegaram para receber a salvação e a cura em Jesus, e para serem batizadas com o Espírito Santo.

Durante a grande campanha na cidade de Oakland, na Califórnia, no ano de 1922, Aimée Semple McPherson foi inspirada a chamar sua mensagem de "QUADRANGULAR".

Esta lhe foi revelada enquanto pregava sobre a visão de Ezequiel, dos quatro querubins com quatro rostos que simbolizavam o quádruplo ministério do Senhor Jesus Cristo:

1 – O Salvador
2 – O Batizador com o Espírito Santo
3 – O Grande Médico
4 – O Rei que há de Voltar

Aimee começou a proclamá-la com o nome dado por Deus: " O EVANGELHO QUADRANGULAR"

AS CORES DA BANDEIRA

ESCARLATE – O Sangue de Jesus para salvação da humanidade
AMARELO OURO – O Poder Ofuscante do Espírito Santo
AZUL CELESTE – A Cura Divina que vem do céu
PÚRPURA – A vestimenta do Rei Eterno (Jesus Cristo)

No dia 1 de janeiro de 1923, foi inaugurado o templo Sede Internacional da Igreja Quadrangular, o “Angelus Temple” com capacidade para 5000 pessoas. Aimee dirigia 21 cultos por semana; nos primeiros meses 7000 pessoas encontraram a Salvação em Jesus Cristo.

Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento Evangélico e Missionário; Aimee também consagrou uma sala de oração baseada no versículo "Orar sem Cessar".

Em 06 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio pertencente a uma igreja nos Estados Unidos e a terceira emissora em Los Angeles a KFSG.

Aimee também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13 óperas sagradas.

Aimee não conseguiu conciliar sua vida de evangelista com a sua vida de esposa e, em 1921, sentindo-se preterido devido às muitas viagens de Aimee, Harold pede o divórcio alegando abandono do lar. Seu casamento durou perto de 9 anos.

Uma das grandes campanhas dessa época foi realizada na cidade de Denver, no estado de Colorado, no auditório municipal com capacidade para 15.000 pessoas. O auditório estava sempre lotado e, cada noite, milhares de pessoas que chegavam não podiam entrar; uma noite, o número de excedentes chegou a 8.000. Muitos se esconderam nos banheiros após o culto à noite, como garantia de que, no dia seguinte, haveria um lugar para assistir ao culto matinal. O número de conversões era tão grande que houve cultos nos quais quase a metade dos ouvintes se levantava para aceitar Jesus. Havia sempre um lugar especial para os cegos e paralíticos, cento e cinqüenta pessoas sobre macas foram colocadas numa área que ficava em frente ao grande palco. Por duas horas e quarenta e cinco minutos, irmã McPherson foi de maca em maca, orando pelos doentes, individualmente. Um repórter escreveu o seguinte relatório do culto:

"Foi literalmente um reavivamento de corpos doentes. Pessoa por pessoa, uma após outra, levantou-se da maca, e erguendo as mãos e o rosto para o céu, declaravam sua cura."

Outra campanha de grandes dimensões aconteceu em San Diego, na Califórnia. Os cultos foram realizados num ginásio de esportes reservado para lutas de boxe onde, na véspera da campanha, irmã McPherson conseguiu, no intervalo da luta, licença para fazer o aviso da campanha.

Durante cinco semanas a cidade foi abalada e o número cresceu tanto que foi necessário reservar uma parte do ginásio para pessoas com convites especiais. Isto foi feito para dar oportunidade a mais pessoas assistirem aos dois cultos por dia. Grandes lojas pediram convites para os seus funcionários, entidades civis e militares também fizeram o mesmo.
Cada noite era um grupo diferente que assistia ao culto. Não era possível orar por todos os doentes que chegavam, porque o ginásio, com capacidade para 3.000 pessoas, ficou pequeno demais. Finalmente conseguiram um lugar para a realização dos cultos de cura divina ao ar livre, na grande concha acústica do Parque de Balboa (somente por dois dias), um lugar para exposições e feiras, semelhante ao Parque do Anhembi, em São Paulo.

Após marcada a campanha especial, a cidade foi convocada para oração e jejum. Na véspera, setecentos carros chegaram e seus ocupantes aguardavam o início dos trabalhos, dormindo nos próprios carros. Muitos chegaram a pé, empurrando cadeiras de rodas ou carregando os doentes em macas. As 10:30 hs, irmã McPherson deu início ao culto; depois de alguns hinos e testemunhos maravilhosos, ela pregou sobre a cura dupla – do pecado e da doença. Daí, ela e um grupo de ministros começaram a orar pêlos enfermos.

Foi uma fila contínua o dia todo. Eles oraram desde cedo até o pôr-do-sol, ocupando apenas quinze minutos para um lanche. A polícia estimava que, conforme a hora, havia uma assistência que variava entre 10.000 a 30.000 pessoas durante o dia todo. No dia seguinte, Deus continuou os milagres de salvação e cura em nome de Jesus.

O ministério de Aimee Semple McPherson tornou-se internacional em 1922 quando ela realizou uma campanha na Austrália. Mais tarde, ela levou o evangelho a muitas outras nações. O ministério da irmã McPherson foi marcado por uma paixão imensa pelas almas. A mensagem de salvação recebeu ênfase, seguida de sinais prodigiosos ou sinais e prodígios.

Nessas campanhas de salvação e cura divina, a mensagem do Espírito Santo também foi
proclamada. No final dos cultos, um outro culto de oração era realizado àqueles que estavam buscando o batismo com o Espírito Santo, o qual, muitas vezes, durou até as cinco ou seis horas do dia seguinte.

O SEQÜESTRO
Em 18 de maio de 1926, Aimee e sua secretária, Emma Schaffer foram à praia. Aimee foi ao mar e não mais foi vista. Inicialmente, achou-se que tinha-se afogado e grande rebuliço aconteceu em todos EUA, especialmente em Los Angeles, centro de suas atividades evangelistas ou evangelizadoras ou evangélicas. Equipes de busca foram organizadas e incansavelmente buscaram o corpo da Sra. Aimee Semple Mcpherson. Uma jovem, devota de Aimee, mergulhou em sua busca e acabou morrendo afogada.

Aimee contou que foi abordada por uma senhora que chorava muito e pedia para que fosse orar por sua filha que estava morrendo no carro. Chegando ao carro, percebeu que era uma cilada e foi seqüestrada.

Chegando ao cativeiro, indagou aos seqüestradores o porquê do seu seqüestro; eles disseram que pediriam um resgate e ficariam com o Templo. Ela ficou presa por quase um mês em uma casa, depois foi levada para uma cabana primitiva por dois ou três dias; quando se viu sozinha pulou a janela, conseguindo escapar para o deserto, onde andou o dia inteiro, passando pôr muitos perigos. Já era madrugada quando avistou uma casa, aonde foi pedir ajuda.

O senhor Gonzáles, dono da casa, chamou a policia do Arizona para registrar o seqüestro e avisar sua mãe; a policia registrou o seqüestro e a encaminhou para o hospital. Não acreditando que se tratava da senhora McPherson, chamaram um editor para identificá-la; ele confirmou e assim ela pode entrar em contato com sua mãe pelo telefone.

Todos, quando souberam da noticia, no Templo, ficaram muito felizes com a volta da irmã McPherson; nesta época ela foi muito perseguida pelos jornalistas e autoridades que não acreditaram em sua história.
Depois de terem esgotado esta história, resolveram acrescentar algo mais picante, como se esse tempo de cativeiro fosse desculpa para encontros amorosos, denegrindo sua imagem de evangelista, inventaram até um possível aborto.

Mais uma vez, Deus esteve com ela e nada foi provado, desta forma foi encerrado o inquérito por falta de provas.

A VOLTA AO MINISTÉRIO

Aimee voltou às suas viagens evangelistas. Uma parada nessa viagem foi na cidade Baltimore, onde os jornais divulgaram-na como “Mulher Milagrosa”. Através desse anúncio, o teatro ficou repleto de paralíticos e doentes e Aimee foi orar ao Senhor porque sabia que não tinha o poder para curá-los; e o Senhor respondeu-lhe que quem tem o poder de curar e salvar é Ele e que ela seria um instrumento em suas mãos. Naquela noite muitos milagres aconteceram.

Durante as viagens evangélicas, sua mãe cuidava com eficiência do Templo em Los Angeles; com a morte de sua mãe, Aimee assumiu o Templo, tendo um desgaste físico e mental, adoecendo gravemente e seu filho Rolf, que havia voltado de uma viagem evangélica, assumiu a liderança.

O SEU ÚLTIMO CASAMENTO E SUA MORTE

Após os casamentos de seus filhos, Aimee sentiu-se muito sozinha; foi quando conheceu um cantor, David Hutton e apaixonou-se, casando-se novamente. Mais uma vez foi enganada pelos seus sentimentos, logo descobriu que ele não a amava, somente a usou para obter sucesso em sua carreira, assim divorciaram-se.

Na noite de 26 de setembro de 1944, Aimee pregou o seu último sermão perante uma multidão na Califórnia.

Esta foi a mesma cidade em que, 22 anos atrás, ela recebera a visão do Evangelho Quadrangular. O ministério terreno de Aimee terminou incansável como começara.

Quando seu filho Rolf encontrou-a na manhã seguinte, ele soube que o desejo dela fora concedido. E assim ela partiu para o Senhor.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

História da Assembléia de Deus no Brasil


Assembléia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos EUA. A princípio, freqüentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas estranhas — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos EUA (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, na Rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.

A Assembléia de Deus no Brasil se expandiu pelo Estado do Pará, alcançou o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegou ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.

A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, RN, a Assembléia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.


Organização Denominacional
As Assembléias de Deus estão organizadas em forma de árvore, onde cada Ministério é constituído pela Igreja-Sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação. O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os assuntos são previamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados à Assembléia para serem votados.

Os pastores das Assembléias de Deus podem estar ligados a convenções estaduais que, por sua vez, se vinculam a uma Convenção de caráter nacional.

Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil
A CGADB possui sede no Rio de Janeiro, se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à Igreja, e a quem pertence a patente do nome no país. A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do ISER) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.

A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembléias de Deus — CPAD, com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também pertence a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia — FAECAD, sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito.

A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 1000 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no Bairro do Belenzinho na capital paulista, sendo atualmente (2007) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que também lidera a CGADB.

Na área política, 21 deputados federais são membros das Assembléias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembléias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, são cerca de 27 deputados estaduais, mais de cem prefeitos e cerca de 1000 vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.

Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembléia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do país. O mais expressivo dos ministérios independentes originários da CGADB é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos da década de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.


Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira
À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro), sob a liderança do pastor (hoje bispo) Manoel Ferreira, se distanciavam das normas eclesiásticas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma Assembléia Geral Extraordinária em Salvador, BA, em setembro de 1987, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas, se organizaram numa nova entidade, hoje com cerca de 2 milhões de membros, no Brasil e exterior. Dessa forma surgiu a Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira — CONAMAD, fundada em 1988.

Portugal
Em Portugal a história dessa denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários portugueses emigrados do Brasil José Plácido da Costa (1913) e José de Matos Caravela (1921) que deram início às ações que resultaram na fundação das Assembléias de Deus em Portugal.

A primeira igreja Assembléia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo missionário José de Matos, também responsável pela fundação das igrejas do Algarve, de Santarém e de Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.

Da ação missionária das Assembléias de Deus em Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas igrejas Assembléias de Deus nacionais em fraterna relação com as coirmãs portuguesas.

Em Portugal o ramo principal é a Convenção das Assembléias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a maior denominação protestante no país.

Além da CADP, existem outras denominações organizadas em Portugal, originárias de imigrantes brasileiros ou cismas da CADP, que adotam o mesmo nome, como a Assembléia de Deus Missionária; Assembléia de Deus Universal; Convenção Nacional das Assembléias de Deus (60 igrejas); Igreja de Nova Vida - Assembléia de Deus da Amadora.


Estados Unidos
Nos Estados Unidos surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o avivamento da Azuza St, em 1906. Buscando unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e organização legal, alguns líderes convocaram uma Convenção em Hot Springs, Arkansas, em 1914. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembléias de Deus), mais tarde sediado em Springfield (Missouri), Missouri. Essa igreja possui, hoje, cerca de 2 milhões de membros e envia missionários a vários países do mundo. John Ashcroft, procurador-geral dos EUA durante o primeiro mandato de George W. Bush, é membro dessa denominação.

As Assemblies of God apresentam algumas diferenças de sua coirmã brasileira: no tocante à administração, não existe o sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a nenhuma outra entidade, mas voluntariamente agrupam-se em presbitério regionais, onde há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral. Referente aos costumes, as Assemblies of God são integradas à sociedade americana, permitindo, por exemplo, que suas mulheres cortem o cabelo e usem calças compridas.


Grã-Bretanha e Irlanda
Organizada em 1924, a Assemblies of God in Great Britain and Ireland cresceu sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários atuando em vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Santa Ceia semanalmente.

Existem ainda Assembléias de Deus composta por imigrantes caribenhos e brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a AGGBI.


Doutrina
De acordo com o credo das Assembléias de Deus, entre as verdades fundamentais da denominação, estão a crença:

Num só Deus eterno subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo;
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão;
Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição corporal e ascensão para o céu;
No pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.
Arrebatamento dos membros da Igreja para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo.
Na necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino dos Céus;
A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em adultos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido dos dons do Espírito Santo.

A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; e a segunda, visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.

Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis.


A liturgia do Culto
Os cultos da Assembléia de Deus se caracterizam por orações, cânticos (músicas gospel e hinos evangélicos clássicos), testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem manifestações dos dons espirituais, como profecias e o culto em línguas.

Possui dias e horários específicos, sendo o principal deles no Domingo (o culto público) por volta das 19:00hs, e o de Ensinamento Bíblico (a Escola Bíblica Dominical, com divisão de classes por idade aos Domingos por volta das 09:00hs.

Os cultos e trabalhos tem duração média de 02:30hs, sendo divididos em:

Oração inicial - Normalmente um obreiro ou pastor faz uma oração pedindo a benção de Deus.
Cânticos iniciais - Utilizando-se da Harpa Cristã (um livreto de Hinos Evangélicos Clássicos), canta-se em média de 03 hinos, e também (nem todas), após o hinário, canta-se também outras músicas evangélicas.
Leitura trecho bíblico (Ou Palvra Introdutória) - Neste momento a leitura do trecho bíblico e inspirada pelo Espírito Santo, no qual o culto será direcionado como um todo com base nesse trecho.
Oportunidades de Cânticos por Grupos de Jovens, Crianças, Senhoras, Irmãs, Grupos e ministérios de Louvor, e Adolescentes.
Oportunidades de Testemunhos por Membros - Momento no qual os membros contam o que Deus mudou em suas vidas e vem fazendo atualmente por eles.
Leitura Bíblica e Pregação - na qual um pastor, um membro da igreja local, ou um pregador ou pastor convidado fará a pregação (sermão) explicando a passagem bíblica para toda a igreja.
Apelo - Convite aos que não são evangélicos a aceitarem a Jesus como seu único e suficiente Salvador.
Cântico de Encerramento.
Oração Final.
Benção Apostólica
Obs: Nem todas os ministérios da Assembléia de Deus seguem esta liturgia. É importante lembrar que atualmente muitas Assembléias de Deus adotam linha litúrgica contextualizada de louvor e condução dos cultos, bem próximos das liturgias praticadas pelas Comunidades Evangélicas e Igrejas de Nova Vida em geral.


Fonte: www.wikipedia.org

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Templo dos ratos (Video)

No povoado de Deshnoke, no templo Karni Mata, os ratos passeiam livremente enquanto os devotos oram. Os sacerdotes do templo e os ratos comem nas mesmas tigelas e bebem água no mesmo lugar. Os sacerdotes dizem que os ratos são mensageiros dos deuses e que os sacerdotes do templo, ao morrerem, alcançarão a libertação, nascendo como ratos. Os ratos, ao morrerem, renascerão como sacerdotes.




sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Traduções da Bíblia em língua portuguesa



A Bíblia foi traduzida, ao longo dos séculos, em mais de 2400 línguas e idiomas diferentes, incluíndo a língua portuguesa.

Desde as primeiras traduções parciais em português arcaico no século XIII, diversas versões estão disponíveis ao público em livrarias, bibliotecas e na internet


Idade Média


A primeira tradução que se tem notícia é a do rei Dinis de Portugal, conhecida como Bíblia de D. Dinis, que teve grande tiragem durante o seu reinado. É uma tradução dos 20 primeiros capítulos de Gênesis, a partir da Vulgata. Houve também traduções realizadas pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, mais especificamente o livro de Atos dos Apóstolos.

Durante o reinado de D. João I de Portugal, este ordenou que fosse traduzida novamente a Bíblia no vernáculo. Foi publicado grande parte do Novo Testamento e os Salmos, traduzidos pelo próprio rei. Sua neta, D. Filipa, traduziu os evangelhos do francês. Bernardo de Alcobaça traduziu Mateus e Gonçalo Garcia de Santa Maria traduziu partes do Novo Testamento.

Em 1491 é imprimido o Comentários sobre o Pentateuco que, além do Pentateuco, tinha os Targumim sírios e o grego de Onquelos. O tipógrafo Valentim Fernandes imprime De Vita Christi, uma harmonia dos Evangelhos. Os "Evangelhos e Epístolas", compilados por Guilherme de Paris e dirigidos ao clero, são imprimidos pelo tipógrafo Rodrigo Álvares. Numa pintura de Nuno Gonçalves, aparece um rabino segurando uma Torá aberta.

Em 1505, a rainha Leonor ordena a tradução de Atos dos Apóstolos e as Epístolas de Tiago, Pedro, João e Judas. O padre Antonio Ribeiro dos Santos é responsável por traduções dos Evangelhos de Mateus e Marcos. Em 1529 é publicada em Lisboa uma tradução dos Salmos feita por Gómez de Santofímia, que teve uma 2ª edição em 1535. É bem possível, devido à proximidade com a Espanha, traduções em espanhol fossem conhecidas, como as de João Pérez de Piñeda, João de Valdés e Francisco de Enzinas. O padre jesuíta Luiz Brandão traduziu os quatro Evangelhos.

Durante a Inquisição houve uma grande diminuição das traduções da Bíblia para o português. A Inquisição, desde 1547 proibia a posse de Bíblias em línguas vernaculares, permitindo apenas a Vulgata latina, e com sérias restrições.

Por volta de 1530, António Pereira Marramaque, de uma família ilustre de Cabeceiras de Basto, escreve sobre a utilidade de verter a Bíblia em vernáculo. Poucos anos depois, é denunciado à Inquisição por possuir uma Bíblia em vulgar.

Uma tradução do Pentateuco é publicada em Constantinopla em 1547, feita por judeus expulsos de Portugal e Castela. Abraão Usque, judeu português, traduziu e publicou um tradução conhecida como a Bíblia de Ferrara, em espanhol. Teve que publicar em Ferrara, por causa de perseguição.




Tradução de João Ferreira de Almeida


A tradução feita por João Ferreira de Almeida é considerada um marco na história da Bíblia em português porque foi a primeira tradução do Novo Testamento a partir das línguas originais. Anteriormente supõe-se que havia versões do Pentateuco traduzidas do hebraico.

Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol.

Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.

Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus, editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época, como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados 1.119 erros de tradução.


O próprio Almeida revisou o texto durante dez anos, sendo publicado após a sua morte, em 1693. Enquanto revisava, trabalhava também no Antigo Testamento. O Pentateuco ficou pronto em 1683. Há uma tradução dos Salmos que foi publicados em 1695, anexo ao Livro de Oração Comum, anônima, mas atribuída a Almeida. Almeida conseguiu traduzir até Ezequiel 48:12 em 1691, ano de sua morte, tendo Jacobus op den Akker completado a tradução em 1694.

A tradução completa, após muitas revisões, foi publicada em dois volumes, um 1748, revisado pelo próprio den Akker e por Cristóvão Teodósio Walther, e outro em 1753. Em 1819, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publica uma 3ª edição da Bíblia completa, em um volume.

Há também as edições impressas em na colônia dinamarquesa de Tranquebar, que datam de 1719 a 1765. São edições parciais da Bíblia, que foram obtidas à medida que os revisores terminavam seu trabalho.

Resumindo, foram impressas:

NT, 1ª edição, Amsterdã, 1681
NT, 2ª edição, Batávia, 1693
NT, 3ª edição, Amsterdã, 1712
AT, Gênesis a Ester, Batávia
AT, Jó a Malaquias, Batávia


Impressões em Tranquebar: Gênesis, 1719; Oséias a Malaquias, 1732; Josué a Ester, 1738; Jó a Cânticos, 1744; Isaías a Daniel, 1751; O Livro de Salmos, 1740; Os Evangelhos, 1760; Novo Testamento, 1765.
O trabalho de João Ferreira de Almeida é para a língua portuguesa o que a Bíblia de Lutero é para alemã, a King James Version para a inglesa e Reina-Valera é para a espanhola. É a base de nove traduções modernas como a Almeida Revista e Atualizada, Almeida Revista e Corrigida e Almeida Corrigida Fiel, sendo a preferida dos evangélicos lusófonos. Teófilo Braga, ao comentar sobre essa versão, disse: "É esta tradução o maior e mais importante documento para se estudar o estado da língua portuguesa no século XVIII."


Tradução de António Pereira de Figueiredo


Devido à Inquisição, houve poucos esforços na Igreja Católica para a produção de uma tradução bíblica em língua portuguesa. António Pereira de Figueiredo, padre português, começou o projeto de tradução da Bíblia em português. Era baseado na Vulgata e levou 18 anos para ser completada. Essa tradução só foi possível graças ao enfraquecimento e desativação da Inquisição.

O Novo Testamento foi publicado em 1778 em seis volumes. O Antigo Testamento foi publicado entre 1783 e 1790 em 17 volumes. A versão em sete volumes, que é considerada padrão, foi publicado em 1819, sendo que a versão em volume único foi publicada em 1821.

Por ser uma versão com português mais recente, foi considerada melhor que a de Almeida, apesar de não ter sido baseado nos idiomas originais. Nota-se que foi a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira que editou as revisões de 1821 (completa) e 1828 (sem os deuterocanônicos). A Sociedade Bíblica de Portugal foi fundada em 1835 e distribuiu essa, além da versão de Almeida. Teve boa acolhida entre católicos e protestantes.


Traduções em Portugal, após Almeida e Figueiredo

Traduções parciais
Padre António Ribeiro dos Santos traduziu os Evangelhos de Mateus e Marcos no final do século XIX, baseado na Vulgata.


Traduções completas
O comerciante natural de Hamburgo, Pedro Rahmeyer é responsável por uma tradução completa da Bíblia em português. Ficou conhecida como "Bíblia de Rahmeyer" e está em exposição no Museu de Hamburgo. Supõe-se que, durante os 30 anos que ficou em Lisboa, tenha traduzido do alemão.

Em 1933, com apoio papal, o padre Matos Soares publica sua tradução da Bíblia em português, traduzida a partir da Vulgata. Ganhou a aprovação da Igreja Católica, sendo a mais popular no Brasil, desde que foi publicada em 1942.

A Tradução Interconfessional em Português Corrente foi fruto de um trabalho conjunto entre católicos e protestantes. Iniciada em 1972, é revisada em 2002


Traduções no Brasil

Traduções parciais
A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. No prefácio, havia acusações contra os protestantes, chamando suas versões da Bíblia de "falsificadas". Foi publicada em São Luís, no Maranhão, em 1847, sendo imprimida em Portugal em 1875.

Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral publica uma revisão do Novo Testamento de Almeida. Foi revisada por José Manoel Garcia, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa e pelo pastor Alexandre Latimer Blackford.

O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o hebraico, que era a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Velho Testamento para o latim.

F. R. dos Santos Saraiva, autor de um diconário latino-português, traduz os Salmos, com o título de Harpa de Israel, em 1898.

Duarte Leopoldo e Silva traduz e publica os Evangelhos em forma de harmonia. O Colégio da Imaculada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publica uma tradução dos Evangelhos e Atos, do francês, preparada por um padre, em 1904. Padres franciscanos iniciam um trabalho de tradução a partir da Vulgata, sendo concluído em 1909. No mesmo ano, o padre Santana traduz o Evangelho de Mateus diretamente do grego. É a primeira tradução parcial da Bíblia em português dos idiomas originais feita por um padre católico, embora tenha sido apoiado pelo latim.

J. L. Assunção traduz o Novo Testamento a partir da Vulgata em 1917. Surge, no mesmo ano, o livro de Amós, traduzido por Esteves Pereira. Foi traduzido do etíope. Em 1923, J. Basílio Pereira traduz o Novo Testamento e os Salmos a partir da Vulgata.

O então padre Huberto Rohden foi o autor de uma tradução do Novo Testamento. Começou a traduzir enquanto estudava na Leopold-Franzens-Universität Innsbruck, Áustria, completando em 1930. Foi publicado pela Cruzada da Boa Imprensa (atualmente é pela editora Martin Claret). Utilizou como base o Textus Receptus.

O rabino Meir Matzliah Melamed traduz a Torá, numa edição sem data, com o nome de A Lei de Moisés e as Haftarot. Foi publicada em 1962. A tradução foi revisada e lançada, em 2001, com o nome de A Lei de Moisés. Está disponível pela Editora Sêfer.

Em 1993 é publicado o Novo Testamento da Nova Versão Internacional. Em 2005, o pastor batista Fridolin Janzen traduz o Novo Testamento em português, baseado no Textus Receptus. O texto está disponível no seu website, e está para ser imprimida.



Traduções completas


A primeira tradução completa foi a Tradução Brasileira. Foi uma tradução da Bíblia que não contava apenas somente com teólogos, como H. C. Tucker, William Cabell Brown, Eduardo Carlos Pereira, mas também com eruditos como Ruy Barbosa, José Veríssimo e Virgílio Várzea.

A tradução se principiou em 1902. Os dois primeiros evangelhos foram editados em 1904, e depois de alguma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus saiu novamente em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento completo em 1910. Publicada em sua inteireza em 1917, apresenta características eruditas, sendo bastante literal em relação aos textos originais.

Não obteve o agrado dos leitores, por traduzir nomes hebraicos de uma maneira próxima à daquela língua, falta de literalidade e falta de revisões. Ver artigo principal: Tradução Brasileira.

A Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948. Está em circulação a revisão de 1995. Ver artigo principal: Almeida Revista e Corrigida.

Publicada em 1959, a Almeida Revista e Atualizada utiliza o Texto Crítico, ao invés do Textus Receptus. Ganhou aprovação da CNBB. Ver artigo principal: Almeida Revista e Atualizada.

Em 1959 é publicada a tradução dos monges Meredsous em português. O trabalho de tradução foi coordenado pelo franciscano João José Pedreira de Castro, do Centro Bíblico de São Paulo . Foi traduzida a partir da versão francesa publicada na Bélgica.

A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é uma tradução da Bíblia feita com direcionamento específico para as Testemunhas de Jeová. Foi publicada em 1963, sendo traduzida da versão inglesa.

A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. É de orientação batista. Ver artigo principal: Versão revisada segundo os melhores textos.

Em 1976 é publicada a Bíblia de Jerusalém, pelas Edições Paulinas. É baseada na versão francesa, sendo que as notas e comentários são traduzidas. Em 2002 é publicada a revisão, chamada de Nova Bíblia de Jerusalém.

Em 1981 é publicada a Bíblia Viva, uma paráfrase da Bíblia. A versão original foi elaborada por Kenneth Taylor e foi traduzida na base da equivalência dinâmica (idéia por idéia). Já está na 2ª edição.

Em 1982 é publicada a Bíblia Vozes, pela editora Vozes, traduzida por uma comissão, presidida pelo franciscano Ludovico Garmus. No mesmo ano é publicada uma versão pela editora Santuário. No ano seguinte é publicada a Bíblia Mensagem de Deus pelas edições Loyola.

Em 1988 é publicada a Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e tradução flexível. Um exemplo é a tradução de Juízes 3:24: Aí os empregados chegaram e viram que as portas estavam trancadas. Então pensaram que o rei tinha ido ao banheiro. Muitos eruditos vêem uma excessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido a esses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, em 2000.

Em 1990 é publicada a Edição Pastoral. Coordenada pelo teólogo Ivo Storniolo, é uma tradução afinada com a teologia da libertação, sendo voltada para uso dos leigos. Ver artigo principal: Edição Pastoral.

Em 1997 é publicada a Tradução Ecumênica da Bíblia (sendo baseada na versão francesa), sendo parte de sua comissão católicos, protestantes e judeus. O Antigo Testamento foi mantido do modo como se utiliza nas Bíblias judaicas.

Em 2001, a CNBB produziu uma tradução comemorativa dos 50 anos da CNBB, e já está na 3ª edição e envolveu cooperação entre sete editoras católicas. No mesmo ano é publicada a Torah Viva, traduzida por Adolfo Wasserman, baseada na versão inglesa. É publicada também a versão completa da Nova Versão Internacional. ,

Em 2002 é publicada a Bíblia do Peregrino, traduzida por Luís Alonso Schökel. É uma tradução da versão espanhola.

Em 2006 é publicada a Bíblia Hebraica. É o pimeiro Tanakh completo publicado em português, desde 1553. Os tradutores foram David Gorodovits e Jairo Fridlin e foi revisada por rabinos e professores.


Traduções feitas em outros países


A Sociedade Bíblica Trinitariana, fundada no Reino Unido em 1831, também produziu uma versão para o português do Novo Testamento, em 1883. É baseada, no Textus Receptus, assim como todas as Bíblias da Sociedade Bíblica Trinitariana.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ore pela Índia - Bikaner, a cidade do templo dos ratos


Bikaner é um cidade oásis entre vegetação e dunas de areia. A antiga muralha da cidade retêm um ar medieval, enquanto do lado de fora dos muros, palácios e mansões permanecem. Uma conhecida e próspera rota turista, Bikaner é a rota para Jaisalmer vindo de Jaipur ou Shekhawati, no Estado do Rajastão. Bikaner foi fundada como um reino independente em 1488 por Rao Bikaji, o filho mais novo do fundador de Jaipur, Rao Jodha.

Esta cidade não seria muito conhecida não fosse, talvez, o fato de estar nesta cidade um templo dedicado a adoração aos ratos.


O templo dos ratos

O templo de Karni Mata, a cerca de 33 Km no Sul de Bikaner em Deshnoke, no Estado do Rajastão, e é considerado um dos locais santos dos hindus na Índia. O templo de Karni Mata foi construído no século 17 e no principio do século 20 o Marajá Ganga Singh adicionou o portão de prata e mármore branco a fachada do templo, o qual dedicou a Karniji, uma mística que, segundo eles, viveu no século 15 e que eles consideram uma encarnação de Durga. Uma galeria do templo descreve sua vida. Os hindus a chamam deusa Karni Mata. Ela era filha de um ‘Charan’ do século 16 e que se casou aos 27 anos. Depois de seu casamento ter sido dissolvido, ela tornou-se uma ‘sanyasinand’ (uma errante ascética) e teria dedicado sua vida para o serviço dos pobres. Para os hindus, este templo não é apenas o local onde habita a deusa Karni Mata, mas também os bem alimentados ratos (chamados kabas) que são grandemente reverenciados. Neste templo, ratos são adorados e alimentados com doces e leite, visto que os hindus crêem que, os corpos dos ratos são casas para as almas dos devotos de Kanri Mata que já morreram.


Como os ratos se tornaram “santos” para os hindus

Os hindus dizem que uma vez Karni Mata tentou restaurar a criança morta de um contador de história de volta a vida, mas falhou porque Yama, o deus da morte, já tinha recebido a alma do menino e reencarnando numa forma humana. Karni Mata, famosa por seu legendário temperamento, foi tão afetada pela sua falha que ela anunciou que ninguém de sua tribo cairia nas mãos de Yama novamente. Ao invés, quando eles morressem, todos eles habitariam temporariamente o corpo de um rato, antes de ser reencarnado dentro de sua tribo novamente. Portanto, os ratos são considerados como encarnações dos contadores de história e são muito reverenciados.


Motivos de oração:

Ore para que Deus abra o entendimento destas pessoas e que seus olhos espirituais sejam abertos para conhecerem o único Deus Vivo e Verdadeiro. A sua oração pode fazer a diferença nas regiões celestiais sobre a Índia! Ore para que o Senhor Jesus seja entronizado sobre esta nação e todas as potestades das trevas sejam postas por terra.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

50 anos de "contrabando"


Em 1955, o evangelista holandês Andrew van der Bijl, devido às suas contantes dores nas costas, ouviu dos médicos que era fraco demais para poder viajar. Desde então, entretanto. em 50 anos de ministério, o Irmão André - como é conhecido no Brasil - já esteve em 125 países, e estima-se que tenha percorrido mais de um milhão de quilômetros em suas empreitadas missionária.


Nas décadas de 1950 e 1960, tranportou em um Fusca milhares de examplares da Bíblia para países comunistas do Leste Europeu. Em 1967. escreveu um livro sobre suas aventuras, O Contrabandista de Deus (Editora Betânia), que fez com seu ministério ganhasse notofiedade mundo afora. Ele é o fundador da Missão Portas Abertas, com filias em 27 países e, hoje, por meio da missão, tem levado para a China anualmente, um milhão de Bóblias clandestinamente, além de distribuir toneladas de ecemplares das Escrituras em 45 países onde a pregação do evangelho é proibida.


Aos 76 anos, Irmão André, que esteve no Brasil em 2003, é um exemplo de humildade. Nã0 sou um "prodigio" evangélico . Sou só um cara comum. O que fiz, qualquer pessoa pode fazer, disse ele em entrevista publicada recentemente pela revista evangélica norte americana Charisma. Ele também desdenha dos fantásticos números de seu meio século de ministério: Não ligo para estatisticas. Coloco uma forte ênfase nqw pessoas. Na mesma entrevista, ao ser questionadosobre a quantidade de Bílbias que ele e a Missão Potas Abertas já teriam distribuido no mundo, respondeu: nós não contamos [...] Deus sabe. (fonte: Charisma News Service)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Janela 10/40


O que é a Janela 10/40
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.
Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.
Os países com as maiores populações não cristãs são: CHINA, ÍNDIA, INDONÉSIA, JAPÃO, BANGLADESH, PAQUISTÃO, NIGÉRIA, TURQUIA e IRÃ, todos na Janela 10/40.
Devido a estes fatos, torna-se primordial para nós, cristãos, neste novo milênio, focalizar nossos recursos, sejam espirituais, financeiros ou sociais, sobre o necessitado povo que vive na Janela 10/40.
Se desejamos mudar este quadro, devemos considerar alguns fatos de muita importância:
- O significado Bíblico e histórico
- O domínio do islamismo, do hinduismo e do budismo
- A pobreza acentuada
- A diversidade de línguas e culturas
- A concentração de seitas diabólicas


Países que formam a Janela 10/40
ORIENTE MÉDIO – 21 PAÍSES
Arábia Saudita, Argélia, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Palestina, Jordânia, Kuweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Síria, Sudão, Tunísia e Turquia.
ÁFRICA – 12 PAÍSES
Benin, Burkina, Cabo Verde, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Níger e Senegal.
ÁSIA – 21 PAÍSES
Afeganistão, Bangladesh, Barein, Butão, Camboja, China, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Filipinas, Índia, Japão, Laos, Malásia, Maldivas, Mongólia, Nepal, Paquistão, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan (Formosa) e Vietnã.
EURÁSIA – 3 PAÍSES
Cazaquistão, Turcomênia e Tadjiquistão.
EUROPA – 4 PAÍSES
Albânia, Chipre, Gibraltar e Grécia.
Nem todos os crentes sabem que no mundo ainda há povos completamente ignorantes da existência de Jesus Cristo e seu plano redentor. Poucos se importam em saber que hoje no oriente há cristãos presos e sendo torturados por causa de sua fé. Quantos têm um programa intensivo de oração pelos povos não alcançados pelo evangelho? Saber que há povos cometendo suicídios e guerras, por falta de esperança ou fanatismo, não é um assunto que interessa a todos os cristãos.
Os cristãos no mundo estão direcionando apenas 1,2% do seu fundo missionário e de seus missionários estrangeiros para bilhões de pessoas que vivem no mundo evangelizado.
No mundo ainda há dezenas de país com suas portas total ou parcialmente fechadas à entrada de missionários.
Há 28 países muçulmanos (sem incluir seis da antiga união soviética), 7 nações budistas, 3 Marxistas e 2 países hindus, formando o maior aglomerado de povos não alcançados.


Porque evangelizar os povos da Janela 10/40
- Porque ali vive o maior número de povos não alcançados pelo evangelho. Cobre 1/3 total do planeta e representa 2/3 da população do mundo. São cerca de 3,2 bilhões de - pessoas em 61 países.
- Porque ali está a maioria dos seguidores das 3 maiores religiões do mundo: Islamismo, Budismo e Hinduismo.
- Porque de cada 10 pobres na terra, 8 estão nessa região.
- Porque dos 50 países menos evangelizados do mundo 37 estão nessa área.
- Porque as maiores Capitais do mundo estão nessa região.
De acordo com os missiólogos, há diversidades no número de povos não alcançados pelo evangelho hoje. Para Ralph Winter, há 17 mil povos não alcançados e 12 mil línguas. David Barrete declara que são 11 mil o número total de povos não alcançados. Bob Waymire também arrola 11 mil povos diferentes no mundo. Patrick Johnstone avalia em 12.017 o total de povos não alcançados em todo o mundo. Subtraindo desse número os povos entre os quais há cristãos, missionários de fora e autóctones, restam apenas 1.200 povos a serem alcançados. Em sua perspectiva, 99% da população do mundo serão cobertos, inteiramente, com a mensagem do evangelho se ela for transmitida, no máximo, entre 400 e 500 línguas diferentes.
Então concluímos que missões, ainda não é um assunto sério para muitas igrejas. Enquanto templos são enfeitados e grande parte do tempo é utilizada para inúmeros programas, missões é ocasional, ainda não é assunto íntimo.


O Mundo dos povos não alcançados
Segundo alguns estudiosos, temos aqui algumas estatísticas:
- Cada hora 10700 crianças nascem e morrem sem escutar as Boas Novas em países da Janela 10/40;
- Cada hora de esforço missionário resulta em 9.800 pessoas escutando o evangelho pela primeira vez;
- O resultado é a redução no mundo não evangelizado de 500 pessoas a cada hora, ou pouco mais que 4 milhões de pessoas por ano.
- 9 em cada 10 países mais pobres do mundo estão na África e 8 destes são parte do mundo menos evangelizado.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007


Nascida nos EUA, esta igreja chegou ao Ipiranga em 1931. Nos anos 50 começou a ser construído o templo em estilo neo-gótico que tem despertado a atenção de muitas pessoas e suscitado fatos curioso, a rainha da Inglaterra, quando de sua visita à São Paulo, ao passar frente a ele, mandou que sua comitiva parasse e determinou ao seu fotografo registrasse.

PASTOR ALFREDO EMILIO REIKDAL, PATRIMÔNIO DA IGREJA NO BRASIL


Pastor presidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério do IpirangaNascido em 14 de junho de 1915, em Tietê, município de São José dos Pinhais, PR, era filho de Carlos Magnus Reikdal, de origem islandesa, e de Elza Otto Reikdal, de origem alemã. Foi o primeiro filho de uma prole de três homens e oito mulheres, o qual mais tarde veio a ser um forte e valoroso homem nas mãos de Deus.A AD no Ipiranga organizada em 29 de junho de 1931 pelas mãos de Vitaliano Piro, teve mais três dirigentes quando passou definitivamente à responsabilidade do pastor Reikdal em 26 de julho de 1943, encontrando cerca de 171 membros e três congregações. Atualmente o campo abrange perto de 800 congregações nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal com cerca de 120 mil membros. É o primeiro pastor no Brasil a ocupar a presidência de uma única igreja, por quase 60 anos. São 58 anos dedicados a Deus na Região Eclesiástica do Ipiranga.


Nas convenções e na CPAD


Nas convenções e na CPAD- Casa Publicadora das Assembléias de DeusPastor Reikdal, que teve grandes atuações em convenções no estado de São Paulo e nas Assembléias ordinárias da CGADB - Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, foi eleito para a então Junta Executiva das Deliberações da entidade por ocasião da assembléia geral ocorrida em 1959 no Rio de Janeiro, na época ex-capital do país. De 1964 a 1971, foi conselheiro da CPAD, ocupando a 1a secretaria da Mesa Diretora do Conselho Administrativo da editora.


O mais antigo pastor das Assembléias de Deus

O mais antigo pastor das Assembléias de Deus - Patrimônio da igreja no BrasilO irmão Alfredo Reikdal é atualmente o mais antigo pastor em atividade das Assembléias de deus no Brasil. Convertido em 1929, está com 72 anos de fé em Jesus Cristo. No mês e ano de consagração a pastor na cidade de Curitiba, PR, ou seja, novembro de 1939, foi enviado pelo pastor Bruno à cidade de Itararé, SP. Assim, vem atuando há 62 anos no estado de São Paulo, sendo portanto o mais antigo dos pastores de todo estado.O pastor Horacio da Silva Jr., da AD em Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, RJ, e ex-Diretor Executivo da CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus no Brasil, presente nas comemorações dos 50 anos de ordenação ministerial e 60 anos de conversão, ocorridas entre os dias 30.09 e 01.10.89, assim falou sobre o homenageado:"É homem de oração, de palavra, de fé, de esperança e que nunca se esmorece". O pastor Lupércio Vergniano, da AD no Brás, São Paulo, SP, revelou: "O irmão Alfredo faz parte da minha vida cristã e ministerial. Quando a igreja no Ipiranga tinha sua sede instalada na Rua Bento Vieira, 52, freqüentei aquele salão de cultos por inúmeras vezes, como convertido, e muito aprendi aos pés desse homem de Deus". O pastor José Ezequiel da Silva, da AD em Taubaté, SP, disse:"O pastor Alfredo não é só irmão, mas é, acima de tudo, crente".O pastor José Wellington Bezerra da Costa, da AD no Belém, São Paulo, SP, e presidente da CGADB - Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, frisou que o homenageado não é apenas patrimônio da AD no Ipiranga, "mas também da igreja em todo o Brasil". Concluindo seu pensamento, acentuou:"olhamos para ele como verdadeiro modelo e homem de Deus, humilde, corajoso, vibrante, portador da mensagem de Deus, que não se deixou modificar e nem se influenciar pelo momento presente, mas continua símbolo do pastor conservador dos costumes que norteiam as Assembléias de Deus no Brasil".


Meu trabalho é semear e cultivar a boa semente

Como pastor ele não pode deixar de estar munido na vara, porem não é espancador das ovelhas que estão sob os seus cuidados. O principal alvo de sua missão apostolar foi e continua sendo, o de ganhar almas para Cristo no empenho incomum em busca das ovelhas perdidas, conduzindo-as por pastagens verdejantes, arrebatando-as para o reino dos céus e dando-lhes constantemente alimento forte e substancioso extraído da Bíblia Sagrada de acordo com Ef 4.11 e 12, realizando assim o incontido desejo de sua alma na sua adolescência e juventude nos idos de 1929 conforme suas próprias palavras:"Minha chamada para o ministério não se deveu a condições meramente pessoais ou porque assim eu simplesmente entendesse, foi mais do que isso. Algo como um impulso íntimo me levou a me entregar, sem qualquer restrição, toda a minha vida, coração e alma ao trabalho de semear a boa semente e cultivar, junto com todos aqueles chamados por Deus, a seara que temos recebido do Senhor, para dela zelar e fazê-la crescer".

Dados históricos extraídos do livro "COMO NADA TENDO MAS POSSUÍNDO TUDO"de autoria do pastor, historiador e jornalista Eliézer Cohen, que foi relançado em dezembro de 2001

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Rex Humbard, pioneiro em programas de rádio e TV envangelica


Rex Humbard, o primeiro televangelista do mundo e pioneiro em programas de TV evangélicos, morreu de causas naturais em 21 de setembro de 2007. Ele tinha 88 anos. Humbard, mencionado pela revista U.S. News & World Report como “Um dos 25 Maiores Arquitetos do Século Americano”, é citado como o primeiro evangelista de TV dos EUA. Em 1949, Rex Humbard iniciou programas de rádio e TV a partir da filial da CBS em Indianapolis, Indiana, e o mundo reparou.“Hoje, Rex Humbard chegou mais perto do que qualquer outro ser humano na história… de pregar o Evangelho em todo o mundo… mais do que qualquer outro evangelista, ele assumiu o desafio”, elogiou a famosa revista Time.Em 1952, Rex Humbard estava transmitindo programas semanais para milhões de fiéis telespectadores. As transmissões eram feitas a partir da Catedral do Amanhã, sua igreja com capacidade para 5.400 pessoas sentadas, em Akron, Ohio. Seu programa semanal foi transmitido por aproximadamente três décadas através de 360 estações nos EUA e Canadá e mais de 2.000 estações no mundo inteiro em 91 línguas. Seu estilo simples de falar do Evangelho combinado com o melhor da música evangélica transcendia culturas e doutrinas, e teve apelo amplo entre crentes e descrentes no mundo inteiro. No auge de seus programas, as audiências aos domingos chegavam em média a 8 milhões de telespectadores, sendo que o programa patriótico especial “Alguém Ama Você” de 1976 teve 30 milhões de telespectadores. O jornal Saturday Evening Post escreveu: “Introduzir Deus nas principais esferas públicas sempre foi a meta deste pregador dedicado por mais de 60 anos. Agora, graças aos meios de comunicação eletrônicos, suas principais esferas públicas se estendem de Ohio até o mundo inteiro”.Um dos mais leais telespectadores de Humbard era Elvis Presley, que regularmente reunia sua equipe de cantores, os Imperials, em seu quarto de hotel nas manhãs de domingo para assistir ao “seu pregador”. Quando Elvis morreu, seu pai, Vernon Presley, pediu que Rex fizesse o culto de enterro.A presença de Humbard lotava auditórios como o Sydney Opera House, o Budokan em Tóquio, o Madison Square Garden e o Carnegie Hall em Nova Iorque. Em 1979, mais de 1.2 milhões de pessoas encheram estádios de futebol do Brasil para ver Humbard pregar a mensagem do Evangelho. Numa só noite, no maior estádio do Rio, 180.000 pessoas se reuniram para adorar e ouvir uma mensagem que transforma vidas. Ele também ministrou para centenas de milhares em cultos na África.Rex Humbard foi pioneiro, usando o rádio e a televisão para levar sua mensagem do amor de Deus para tantos ouvintes interessados quanto possíveis. Com apenas 13 anos de idade, ele começou a participar da programação da rádio KTHS em Hot Springs Arkansas cantando músicas evangélicas e convidando os ouvintes a irem ouvir seu pai pregar na igreja local. No começo de 1940, Humbard começou um programa diário de rádio transmitido para a nação inteira.Os convidados musicais regulares do programa de Humbard incluíam Mahalia Jackson, Bill Gaither, Andrae Crouch, Pat e Debby Boone, Roy Rogers e Dale Evans, Johnny e June Cash, the Blackwood Brothers, the Statesmen Quartet e the Cathedrals.Humbard era filho de pastor e membro do grupo Humbard Family Singers. Ele nasceu em 13 de agosto de 1919 em Little Rock, Arkansas, e cresceu em Hot Springs, Arkansas.